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«A Última Missão» - de José de Moura Calheiros

Comentários à obra e ao autor

«A ÚLTIMA MISSÃO (…) oferece-nos uma reflexão profunda sobre os sentimentos com que se deparavam aqueles que tiveram de se afastar da Pátria: o medo e a saudade, a dúvida e a culpa e, no caso dos chefes, a necessidade de tomar decisões sem rede (…) É um testemunho extraordinário da experiência de um combatente em África (…) Com obsessivo rigor e sinceridade, dá-nos conta das suas dúvidas, da progressão da descrença pelo contacto com o meio universitário, pelo cansaço e exaustão dos que combatiam na frente e que, por espírito de sobrevivência mas também por brio militar, continuaram a dar o melhor de si próprios, com admirável sentido de camaradagem, com coragem e espírito de sacrifício extraordinários (…)»
António Pedro de Vasconcelos no jornal «Sol»
«O livro descreve tempos duros da guerra em África (…) Escrito com elegância e elevação, detalhe técnico e rigor, é o testemunho de dois mundos: o das campanhas impossíveis de um pequeno país, com poucos homens, contra forças bem dotadas, politicamente estribadas na “comunidade internacional” e “nos ventos da história”. (…) Outro, o do regresso para resgatar as ossadas de militares sacrificados (…) Não há aqui “colonialismo”. Só fidelidade e amor.»
Nuno Rogeiro na revista «Visão»
«(…) a primeira referência vai para o muito que aprendi, corrigi e revi sobre o nosso esforço em África. É bem verdade que nunca sabemos tudo sobre o que quer que seja, mas foi uma consolação ver tamanho retrato tão claro, tão despido de preconceitos, tão humano!
(…) Em nome da verdade que nos é exigida pelos princípios que nos regem, assinalei com satisfação, não só o enorme esforço na pesquisa da documentação e dos testemunhos mas, sobretudo, a frontalidade na constatação dos vazios, a incerteza das memórias, a honestidade das conclusões! Bem hajas!
Emocionou-me tantas vezes aquilo que considero ouro puro na tua escrita: o lado humano de todas as situações, a análise exaustiva de tantos sentimentos, o reconhecimento de todas as forças e fraquezas de ser humano! Dói-me, agora, perguntar ao camarada e amigo: onde está tudo isso? E, mesmo que daí nada resulte, o teu grito de revolta contra as injustiças, compadrios e manipulações da verdade a caminho de serem história, fez-me sentir, apesar de velho, que ainda somos capazes - a tal geração do sacrifício - de nos revoltarmos contra os comodismos e o politicamente correcto!
Meu caro amigo. Foste verdadeiro nas descrições, cuidadoso nas dúvidas, justo nas avaliações, humano nas críticas, delicado nos sentimentos, corajoso na revolta contra as injustiças! Que se pode pedir mais? Podes dormir tranquilo e vaidoso - embora o não sejas nem nunca o tenhas sido - pelo testemunho precioso que legaste às gerações vindouras.»
Tenente-General Jorge Gabriel Teixeira
«(…) gostaria também de o saudar pela publicação do livro "A Última Missão". A sua narrativa permite ao leitor ter uma visão mais abrangente da guerra na Guiné e, ao mesmo tempo, navegar consigo no seu PCA, progredir com os seus bi-grupos nas missões mais arriscadas, partilhar a angústia das decisões mais difíceis, confrontar-se com a orientação estratégica do Comando-Chefe, conhecer a actuação da guerrilha, viver a vida de um militar naqueles duros tempos e cumprir a nobre missão de resgate dos militares portugueses falecidos e sepultados na Guiné.
Ao ler as páginas deste seu livro, revejo e identifico pessoas com quem partilhei uma parte importante da minha vida e situações em que a minha companhia esteve também envolvida e que constituem pedaços da história dos pára-quedistas, das forças armadas portuguesas e do nosso país.
E posso testemunhar que o livro não interessa apenas a militares ou ex-militares, a avaliar pelas opiniões que recolhi de algumas pessoas amigas que o leram. Independentemente de concordar ou não com algumas opiniões e decisões expressas no livro, o que não vem agora ao caso analisar, considero-o um marco incontornável da literatura de guerra portuguesa. Parabéns pela obra e o desejo sincero que não tenha sido "a última missão".»
Rui Pedro Silva
«Felicito-o vivamente pelo seu escrito a "Última Missão". É um livro que recorda toda uma geração, "os últimos combatentes do Império Português", que com sangue, suor e lágrimas, escreveram o epílogo de "Os Lusíadas". Os episódios de guerra estão muitíssimo bem enquadrados por fotografias que espelham as situações difíceis em que actuaram as tropas de intervenção. A actualidade do seu livro é muito bem retratada ao descrever a nobre missão de resgatar os corpos dos nossos melhores. Apesar das assustadoras 638 páginas, graças à escrita límpida, amena e redonda, plena de humanidade e de ternura, o livro "devora-se" com a maior das facilidades. É este o maior elogio que se lhe pode prestar. Sugiro que esta sua missão não seja a última. Angola e Moçambique aguardam mais pormenores sobre as suas comissões.»
Miguel Lencastre
«Acabei de ler o "A ÚLTIMA MISSÃO", de sua autoria. Não querendo menosprezar os outros autores de livros que sobre a Guerra do Ultramar têm vindo à luz do dia, nenhum transmite a realidade como esta sua obra. A minha apreciação refere-se aos factos da sua comissão em Moçambique, onde fui Alf. Miliciano de 1966 a 1968 (…). Todos estes factos são a realidade e que o Senhor tão claramente transmite no seu livro. (…) agradeço a excelente descrição da realidade vivida transmitida neste seu livro e que não é mais um livro, mas o que de melhor já li sobre o assunto, tendo-me avivado a emotiva recordação desses duros tempos.»
Joaquim Rodrigues Coentre
«(…) terminei ontem a leitura atenta do teu livro que considero um documento histórico que vem preencher lacunas, creio, nomeadamente, quanto às tropas pára-quedistas, principais operações militares no final da guerra na Guiné e erro estratégico em Moçambique no âmbito da dispersão de postos avançados.»
Manuel Barão da Cunha
«(…) Aquilo que penso, de acordo com o seu livro, no que às nossas tropas diz respeito, é que naquele período da Guerra Colonial fizeram o que a maior parte de nós Portugueses não sabe, não conhece e não reconhece, sacrificando-se abnegadamente pela Pátria em circunstâncias indescritíveis. Por outro lado custa-me muito a aceitar o pouco reconhecimento, ou muito pouco, de um País perante os seus ex-combatentes mortos, feridos e os restantes. Sejam eles de que Cor sejam ou em que Terra nasceram.»
Frederico Rezende Martins [filho do Major Jaime Mariz, que faleceu na Guiné, num avião abatido e que não foi encontrado]
«Sobre "A Última Missão": Comprados sete exemplares, ofertas a familiares, o melhor livro existente sobre a guerra do Ultramar, hoje e no futuro.»
Bmonteiro
«Acabei de ler o seu livro e estou a felicitá-lo vivamente pelo seu extraordinário trabalho. Estou consolado com a leitura das suas 638 páginas, com as diversas histórias que fazem a História, tão bem encadeadas!
Desde há muitos anos que tenho o hábito de ler todos os dias, mas também desde há muitos anos, que um livro não me despertava um tão grande interesse literário, histórico e emocional. É certo que o meu percurso militar, e até académico, foram quase paralelos ao seu e não precisei de mapas para acompanhar os seus relatos e saber onde ficam o rio Messalo e Macomia, nem onde se localizam Guidage, Gadamael, Farim ou Cacine. Assim, saboreei cada capítulo do seu livro com avidez, li e reli algumas passagens por várias vezes, revivendo muitas das minhas próprias memórias das navegações pelos rios Cacheu, Cumbijã e Cacine.
Com o seu testemunho compreendi melhor a dureza e a brutalidade daquela guerra. O seu livro é um testemunho magnífico, com uma escrita fluente e uma linguagem atraente, servido por excelentes documentos fotográficos e ilustrações cartográficas, com uma panorâmica global do que foi a guerra e com detalhadas descrições de alguns acontecimentos muito importantes, que têm sido tão distorcidos, mal sabidos ou mesmo ignorados.
Pela extensa documentação que consultou e pelas diversificadas entrevistas que fez, o seu livro tem um rigor narrativo e uma credibilidade histórica muito invulgares. São essas circunstâncias que lhe dão o estatuto de obra literária, que o seu livro realmente é. Recomendo-lhe, por isso, por sua iniciativa ou da sua editora, que sejam feitos todos os esforços possíveis para que a sua obra tenha o reconhecimento que merece, para que a nossa História recente não seja escrita apenas por "técnicos de Marketing". 
Um dos aspectos que mais me sensibilizou no seu testemunho foi a forma equilibrada e inteligente como geriu a sua simultânea função de narrador e de protagonista, com muita discrição, dignidade e bom senso, tal como há 35 anos também geriu a sua função de combatente, comandante, irmão, pai e amigo em relação aos homens que comandou em tão difíceis situações, sobretudo na Guiné. Da mesma forma, impressionaram-me também os aspectos humanos da sua personalidade e a forma como nas diversas situações, soube exercer a famosa "arte de comandar", que tanta falta faz hoje aos nossos dirigentes. 
Regressei da Guiné em fim de comissão, no dia 19 de Maio de 1973. Por isso, as descrições dos acontecimentos de Guidage e Gadamael interessaram-me especialmente, até porque sabia muito pouco a respeito delas, apesar de em 1995 (mais ou menos), ter estado em Buba, Aldeia Formosa, Guilege, Gadamael e Cacine. 
Aceite, por tudo isto, as minhas maiores e mais sinceras felicitações pelo seu livro e o meu muito obrigado pelo que aprendi consigo. Que, pelo menos literariamente, esta não seja a sua última missão.»
Adelino Rodrigues da Costa
«Os soldados cumprem as suas missões por diversos motivos. Por dever. Por convicção. Por obrigação inescapável. Por desempenho profissional. Por sentido patriótico, político ou moral. Só cada um, em sua consciência, conhece as razões verdadeiras. Mas há sempre um vínculo, invisível seja ele, que o liga aos outros, à comunidade local ou nacional, ao Estado. É sempre em nome dessa comunidade que o soldado Combate.»
António Barreto (10 de Junho de 2010)
«A ÚLTIMA MISSÃO é um livro escrito com alma e coração. É um livro de consulta obrigatória para que se possa fazer a história do fim do império.
Os feitos heróicos são a continuação da gesta narrada nos Lusíadas de Luis de Camões.   Os heróis pertencem ao povo português da segunda metade do século XX que anonimamente combateu em terras distantes, longe das suas famílias, sem procurar loas ou recompensas materiais.
É um livro escrito com coragem, após um período em que outros autores procuraram relatar casos pessoais de auto-estima ou justificar as suas opções pessoais ou ainda, de forma encapotada, denegrir a imagem da maior epopeia dos últimos séculos feita pelo povo português.
A sequência das operações na Guiné lê-se de um fôlego, pela intensidade dos combates, pela dureza das condições, pela escassez de meios, pelo heróico comportamento dos homens e pelos resultados atingidos. A linha condutora dos acontecimentos é suportada por o que o autor denominou “a última missão”, que surge como o último gesto que poderá ser feito, e que constituía um princípio tácito, na sequência do aprofundamento dos laços de camaradagem, de solidariedade e de amizade que ligavam os companheiros de luta desde a sua incorporação até ao final da sua missão e que muito contribuíram para o reforço da coesão nacional.  
A presença constante do nome dos intervenientes, sem que haja elogios pessoais, lembra-nos permanentemente que os factos são reais, que podem ser confirmados, e que o autor não está a escrever ficção. Igualmente constitui um relato fiel o modo de viver dos portugueses nos anos sessenta e setenta do século passado e dos problemas sociais existentes.  
Nos períodos em que o autor se refere ao presente, os sacrifícios passados pela juventude portuguesa e, depois de passados 35 anos, as condições em que vivem actualmente as populações locais e o gradual desaparecimento do português como língua comum, a sua amargura, ainda que não explícita, é uma constante.»
José Ferreira Pinto (general )
«Neste tardio Outono tive como companhia A ÚLTIMA MISSÃO, que além de me impressionar teve o condão de me provocar fortes emoções.
Pertenço à última geração que combateu em África, embora nunca tenha sido incorporado por razões decorrentes do adiamento militar. Fui também daqueles que integraram os grupos de contestação à guerra, com que o Sr. Coronel se deparou quando, entre duas comissões, frequentou os corredores de "Económicas".
Estou assim particularmente à vontade para classificar a sua obra, não como um marco, mas como uma obra prima da nossa história contemporânea. Com a leitura do seu livro, senti sede no planalto dos Macondes, suei e senti as roupas de vinte dias coladas ao corpo no Cantanhez e chorei pelos companheiros que tombaram em combate, recordando novamente o meu amigo de infância Furriel comando Miguel Jorge Guimarães Vareta, ferido gravemente na Guiné em 1973.
Mas o que ressalta mais da sua obra, na minha modesta opinião, é a lição ética que aí se encontra plasmada, onde uma panóplia de valores hoje tantas vezes esquecidos, são devidamente relevados.
Bem haja Senhor Coronel, por se ter empenhado nesta "Última Missão" que não será certamente a última que realiza, pois pessoas da sua estirpe, têm necessariamente e de forma permanente uma missão a cumprir, em prol dos outros, enquanto Deus assim o permitir.
Como nota final, não poderei deixar de lhe dizer que em próximas tertúlias, discussões ou meras conversas sobre a guerra colonial (perdoe-me a expressão) o nome do Senhor Tenente Coronel Araújo e Sá será sempre por mim referido, se a conversa se debruçar sobre a Guiné.»
Rui Santos

    

   

    

    

     

     

      

    

   

  

     

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